terça-feira, setembro 14, 2010

Poetas Del Mundo Contra Pedofilia

Objetivo:
                                 -mobilizar em nível Nacional e Internacional, formadores de opinião,Governantes,Legisladores, Operadores do Direito, mídia impressa , televisa e digital , para erradicação deste crime hediondo contra nossas crianças e adolescentes .



Fundamentos:

                   Os crimes de Pedofilia, segundo estatísticas do Congresso Nacional –Brasil e da ONU, vem atingindo níveis alarmantes , destacadamente nas camadas sociais de menor poder aquisitivo, e com agravante hediondo : praticados em elevado percentual dentro dos núcleos familiares.

          Os menores abusados são coagidos e subjugados ao silêncio, o que tem contribuído para o crescimento assustador destas vítimas, que se calam por medo dos seus abusadores.

          Destaque-se de forma igualmente alarmante a Pedofilia pelos canais virtuais, situações em que os criminosos se escondem sob nomes falsos ,vezes pela  utilização de equipamentos de lan houses, vezes por outros meios tecnológicos, para que suas identidades e  rastreamentos sejam dificultados.

         Ocorre , porém, que se formarmos um exército vigilante , poderemos , via nossas vozes, artigos , denúncias, criarmos uma corrente forte , suficiente para , se não erradicarmos de vez tal barbárie , pelo menos reduzir este numero crescente e abominável, coibindo tais monstros, que se aproveitam de nossas crianças e adolescentes  , em sua grande maioria , desassistidos em seus lares, seja pela situação de miséria em que vivem, seja pela ausência de seus genitores, fatos estes que colocam os mesmos em permanentes situações de riscos e vulneráveis a avidez destes criminosos, que muitas vezes estão ao nosso lado , e por total descompromisso de nossa parte, viramos os olhos e nos omitimos.


ABUSO SEXUAL INFANTIL: O QUE FAZER E AS SEQUELAS
 O QUE FAZER?

Carlos Fortes - Promotor de Justiça

Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que está acontecendo. Entretanto, na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que ela é vítima de abuso sexual.
Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa quando sua criança é abusada, mas sempre devemos ter em mente que as reações emocionais da família serão muito importante na recuperação da criança.
Quando uma criança confia a um adulto que sofreu abuso sexual, o adulto pode sentir-se muito incomodado e não saber o que dizer ou fazer.
1. Incentivar a criança a falar livremente o que se passou, sem externar comentários de juízo.
2. Demonstrar que estamos compreendendo a angústia da criança e levando muito a sério o que esta dizendo. As crianças e adolescentes que encontram quem os escuta com atenção e compreensão, reagem melhor do que aquelas que não encontram esse tipo de apoio.
3. Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa, normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fato.
4. Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que elas foram a causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um castigo por alguma coisa má que tenham feito.
Finalmente, oferecer proteção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o que for necessário para que o abuso termine.
No momento em que esse incidente vem à tona, devemos considerar que o bem estar da criança é a prioridade. Se os familiares estão emocionalmente muito perturbados nesse momento, o assunto deve ser interrompido para que as emoções e idéias possam ser mais bem organizadas. Depois disso, deve-se voltar a tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.
Não devemos apressar insensivelmente a criança para relatar tudo de uma só vez, principalmente se ela estiver muito emocionada. Mas, por outro lado, devemos encorajá-la a falar com liberdade tudo o que tenha acontecido, escutando-a carinhosamente para que se sinta confiante. Responda a qualquer pergunta que a esteja angustiando e esclareça qualquer mal entendido, enfatizando sempre que é o abusador e não a criança o responsável por tudo.
Se o abusador é um familiar a situação é bastante difícil para a criança e para demais membros da família. Embora possam existir fortes conflitos e sentimentos sobre o abusador, a proteção da criança deve continuar sendo a prioridade. Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual contra crianças.
1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso sexual.
2. Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.
3. A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.
4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares complicadas.
5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado.
6. Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.
7. Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.
SEQUELAS
Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da resposta familiar ao incidente. As reações das crianças ao abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para seus pais.
O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.
As principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Em relação a quadros psiquiátricos francos, o abuso sexual infantil se relaciona com o Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos (histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.
                                                 DENUNCIE!
No Brasil : DISQUE 100
Participe: denuncie, envie artigos, teses, estudos , enfim todo material que possa contribuir com nossa campanha .
Envie para: a.merij@yahoo.com.br

Associação Internacional Poetas Del Mundo
Diretoria de Políticas Sociais

Um comentário:

Solange Figueiredo disse...

Quem desconstruiu minha menina?*


Fizeram de mim uma boneca de pano,
Quando ainda era criança inocente,
Ao invés de pano havia somente gente,
Causando em meu ser tamanho dano!

Fizeram de mim um brinquedo de cordas,
Quando era apenas uma menina pobre e doce,
Fazendo coisas ainda que de forma precoce.
Sim, teu consciente sabe e também não concordas!

Fizeram de mim um parque de diversões,
Quando era ainda muito tenra e serena.
Como foi dura essa horrorosa cena,
Onde sofri as mais pavorosas emoções!

Fizeram de mim um poço de desejos,
Quando havia em mim apenas sonhos,
Sonhos de menina de olhos tristonhos,
Ser feliz era um dos meus ensejos!

Fizeram de mim um ser sofrido,
Quando em todos os momentos
Tão repletos de rejeições e tormentos,
Transformei-me num ser assim fingido!

Fizeram de mim um bloco de gelo,
Quando me tiraram a esperança
A tal doce inocência de criança,
De quem só queria amor e zelo!

Fizeram de mim uma pessoa adulta,
Obrigando-me sê-lo antes da hora,
Embora não o deixe de ser agora,
Com essa dor que nem tempo sepulta!

*Lembrando a dor das meninas que são abusadas todos os dias por seus familiares e pedófilos e, ainda, das pequenas meninas moradoras de rua!

SOL Figueiredo